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A expansão no manejo de lagartas da soja.
Desde 2013, o produtor brasileiro conta com a Tecnologia Intacta RR2 PRO® como uma ferramenta no Manejo Integrado de Pragas (MIP) na cultura da soja. Lançada pela Bayer, essa biotecnologia ajuda o agricultor no manejo de plantas daninhas e na proteção contra as seguintes pragas: lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), lagarta-das-maçãs (Chloridea virescens), e broca-das-axilas (Crocidosema aporema).
Em 2021, o sojicultor deverá ter acesso à expansão de todos esses benefícios, por meio da plataforma INTACTA 2 XTEND®, a terceira geração de biotecnologia de soja da Bayer. A inovação foi desenvolvida com o objetivo de entregar aos agricultores uma excelente experiência na nova era da soja, com alternativas mais inteligentes de manejo para os atuais desafios da cultura.
O manejo de pragas com INTACTA 2 XTEND®
Além das lagartas em que a tecnologia antecessora possui efeito, INTACTA 2 XTEND® protege a cultura da soja contra os ataques de mais duas espécies-praga de grande impacto na lavoura — a Helicoverpa armigera e a Spodoptera cosmioides.
Para que isso fosse possível, duas novas proteínas Bt (Cry1A.105 e Cry2Ab2) foram adicionadas à tecnologia que, conta atualmente com uma proteína (Cry1Ac), maximizando então a proteção sobre esses insetos-praga.
Para entender a importância desse aditivo na proteção das lavouras de soja, saiba mais sobre essas duas pragas e como elas podem causar prejuízos.
A importância das lagartas das vagens
As lagartas S. cosmioides e H. armigera são conhecidas na sojicultura como lagartas das vagens. Estes insetos não ganharam este nome popular à toa.
Para se ter ideia, estudo do Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da UFSM (LabMIP – UFSM) avaliou o potencial de dano da H. armigera nos estágios R2 e R5.1, em diferentes níveis de infestação na cultura da soja, durante as safras de 2013/14 e 2014/15. Os resultados do trabalho apontam que, ao menos no estágio R5.1 — fase onde é iniciado o enchimento de grãos —, o impacto direto nas plantas foi a redução no peso de grãos, que abateu cerca de 106,1 kg/ha, com uma infestação de 1 lagarta/m².
Spodoptera cosmioides na cultura da soja
Na cultura da soja, a praga S. cosmioides é uma lagarta de enorme importância dentro do gênero Spodoptera.
Durante o monitoramento, pode ser diferenciada das demais lagartas do gênero pelo seu aspecto visual, que apresenta listras amarelas no dorso de ponta a ponta, além das pontuações brancas e triângulos pretos.
A infestação por esta praga é mais comum em regiões onde ela encontra fonte contínua de alimentos. Sendo assim, agricultores de grandes regiões produtoras de soja, ou com lavouras que rotacionam soja e algodão, certamente acabam encontrando com maior frequência.
A importância econômica da S. cosmioides se dá pelo seu hábito alimentar. Além de atacar as partes reprodutivas da planta de soja, esta lagarta se destaca por conta do seu potencial de desfolha.
A S. cosmioides é encontrada com mais frequência na fase de enchimento de grãos da lavoura de soja.
Outros fatores que tornam esta praga relevante são: a sua capacidade de permanecer na lavoura se alimentando de plantas daninhas hospedeiras, como a corda-de-viola (Ipomea grandifolia), e a dificuldade de ser atingida por inseticidas, por conta de sua preferência pelo baixeiro das plantas de soja.
Helicoverpa armigera: um susto para o produtor de soja.
Encontrada pela primeira vez no Brasil em 2013, a lagarta Helicoverpa armigera chegou a causar prejuízos superiores a R$ 1 bilhão em lavouras da Bahia. O inseto teve uma rápida proliferação, e a praga atingiu todos os estados brasileiros produtores de soja.
A busca por informações que esclarecessem o comportamento do inseto e apresentassem alternativas de manejo foi intensa, levando a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) a lançar um portal totalmente dedicado a ajudar produtores na identificação e manejo da praga.
Desde então, esta lagarta passou a fazer parte do planejamento de MIP de todo sojicultor, e muitos aprendizados sobre seu hábito alimentar e estratégias de manejo foram compreendidos.
Comportamento da H. armigera na soja
A Helicoverpa armigera é uma praga muito agressiva, que se multiplica rapidamente na lavoura. Ataca principalmente as estruturas reprodutivas das plantas e costuma se posicionar nas flores e vagens da soja.
No campo é muito difícil diferenciar a Helicoverpa armigera da H. zea ou da Heliothis virescens, pois são muito parecidas. Somente avaliações específicas em laboratório são capazes de confirmar se a amostragem encontrou H. armigera no campo.
Quando recém eclodidas, as lagartas de H. armígera são verdes. Em instares mais avançados, ganham tonalidades que variam do verde-claro ao marrom, fase em que podem medir cerca de 25 mm de comprimento.
De acordo com a Embrapa, o monitoramento é indispensável para o manejo de H. armigera, sendo que, na fase reprodutiva da soja, entre os estágios R1 a R6, a praga se torna mais importante. Nesse caso, são recomendadas duas vistorias por semana.
Manejo inteligente com INTACTA 2 XTEND®
Com a Plataforma INTACTA 2 XTEND®, o manejo de pragas se torna muito mais assertivo e inteligente. Graças à tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba, o manejo de plantas daninhas ganha maior flexibilidade durante toda a safra, promovendo uma lavoura livre de plantas que servem de fontes alternativas de alimento para as pragas S. cosmioides e H. armigera.
Apesar da maior proteção conferida pela INTACTA 2 XTEND®, a adoção do refúgio estruturado com variedades de soja não Bt, o monitoramento contínuo e o Manejo Integrado de Pragas são práticas fundamentais para a proteção do potencial produtivo.